quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Hino Portugues

Também conhecido como a Portuguesa, teve como autores Alfredo Keil, na música, e Henrique Lopes de Mendonça, na letra. Tem na sua origem o Ultimato de 11 de janeiro de 1890 que os ingleses impuseram a Portugal, facto que indignou a Nação e exaltou os mais altos valores patrióticos. Dos comícios públicos à imprensa, à música e à caricatura, uma onda de crítica nacional aos britânicos espalhou-se por todo o País. Não ficou imune a esta inflamação nacional Alfredo Keil, que logo quis compor uma marcha de protesto e exaltação dos valores e sentimentos pátrios. Para essa marcha escreveu depois Henrique Lopes de Mendonça os versos, surgindo depois o título da composição: A Portuguesa. 
Raramente se compunham versos para música, era quase sempre o contrário, o que se verifica no Hino, em que há uma dificuldade de justaposição da poesia à música, esta composta de forma mais rápida e inspirada. Conseguiram-se vencer essas dessincronizações, embora sem se ultrapassar devidamente algumas divergências vocais. O Hino não demorou muito, no entanto, a estar pronto, pois já em fevereiro era conhecido popularmente, através da imprensa. A Portuguesa teve um impacto nacional enorme, acusando excelente recetividade da população, que se revia na letra e facilmente entoava a melodia. Daí que durante a sublevação militar de cariz republicano que deflagrou no Porto em 31 de janeiro de 1891, a marcha dos amotinados foi precisamente a Portuguesa. Deixou nesse momento então de ser um escape musical de exaltação dos sentimentos patrióticos da Nação para passar a ser uma marcha de alusão aos ideais republicanos emergentes. Caiu por isso em desgraça, depois do sucesso retumbante do início, vindo até a ser oficialmente proibida a sua entoação. Nunca se sobrepôs ao Hino da Carta, em vigor desde 1826, da autoria de D. Pedro IV. Antes deste hino pedrista, Frederico de Freitas considera que o que vigorava era talvez uma cantata de Marcos Portugal, La Speranza o sia l´augurio felice (para o aniversário de nascimento de D. João VI).
Com o advento da República em 5 de outubro de 1910 a Portuguesa irrompe de novo na população, decretando-se mesmo logo em novembro o seu respeito e homenagem pelos militares sempre que entoado. Mas só na sessão de 19 de junho de 1911 da Assembleia Constituinte é que se proclamou a Portuguesa como Hino nacional. A versão oficial só foi aprovada, porém, em 4 de setembro de 1957, por iniciativa do ministro da Presidência Marcello Caetano. Frederico de Freitas, compositor, maestro e musicólogo português compôs então uma versão sinfónica do Hino e depois uma versão marcial, pelo então major Lourenço Alves Ribeiro.
Cumpre recordar que na sua versão original de 1890, de desdém aos ingleses devido ao vergonhoso Ultimato, na letra, ao contrário do atual "contra os canhões marchar, marchar" se cantava "contra os bretões, marchar, marchar"...


                                 "A Portuguesa"


Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal, 
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal! 
Entre as brumas da memória, 
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós, 
Que há-de guiar-te à vitória! 

Às armas, às armas! 
Sobre a terra, sobre o mar, 
Às armas, às armas! 
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar! 

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas! 
Sobre a terra, sobre o mar, 
Às armas, às armas! 
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar! 

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas! 
Sobre a terra, sobre o mar, 
Às armas, às armas! 
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar! 

A Bandeira Portuguesa



                 
A Bandeira Nacional está dividida em duas partes por uma linha vertical.
A primeira parte é verde e constitui 2/5 da bandeira.
A segunda parte é vermelha e constitui 3/5 da bandeira.
No centro da linha vertical encontra-se um escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul.
 Á volta do escudo existe a esfera armilar a amarelo.
 

SIMBOLOGIA

As 5 quinas
 
Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique.
 
Os 5 pontos brancos dentro de cada quina
 
Representam as 5 chagas de Cristo.
 
Os 7 castelos
 
Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.
 
A esfera armilar
 
Representa o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.
 
O verde
 
Simboliza a esperança.
 
O vermelho
 
Simboliza a coragem e o sangue dos portugueses mortos em combate.
 

Júlio Verne


Julio Verne
Jules Gabriel Verne Allotte mais conhecido como Júlio Verne nasceu em Nantes na França no ano de 1828. Seu pai era como todo pai da época, muito liberal (ironia), então quando Verne formou-se em Direito, mas desistiu da carreira para ser escritor ele não aceitou (óbvio). Como consequência eles tiveram diversas discussões, entretanto (espertamente) Verne conseguiu se mudar para París. Lá esteve em contato com a elite intelectual e literária e conheceu (quebra galhos)Victor Hugo e Alexandre Dumas Filho 

Tentou se envolver com o teatro, conseguindo até uma peça chamada de: "Les Pailles Rompues" mas foi ruim o seu resultado. O mesmo aconteceu quando seguiu a música e os poemas. 

Casou-se com uma jovem viúva, com quem teve apenas um filho o (vagabundo) Michel Jean Pierre Verne. 

Escreveu seu grande romance "Cinco Semanas num Balão" que foi recusado por diversas editoras (nada mudou né?), entretanto com a ajuda de seu colega Alexandre Dumas Filho, Verne conheceu Jules Hetzel, com quem obteve (sorte) um contrato de 20 anos que exigia que ele escrevesse duas obras por ano (moleza). Portanto Verne conseguiu publicar suas magníficas e grandiosas narrativas como por exemplo: "Viagem ao Centro da Terra""Da Terra á Lua""Vinte Mil Léguas Submarinas"" A Volta ao Mundo em Oitenta Dias" entre outras. 

Diversos escritores o influenciaram como Jonathan Swift Daniel Defoe e até mesmo o romancista policial Edgar Allan Poe que mesmo com sua escrita divergente pode contribuir para sua formação.

Muito dos seus livros foram adaptados para o cinema tais como: "Cinco Semanas num Balão" de Irwin Allen produzido em 1962, "A Volta ao Mundo Em Oitenta Dias" de Michael Anderson, Kevin McClory e Sidney Smith lançado em 1956, além disso foi feito um filme com o Jackie Chan baseado no livro, "Viagem ao Centro da Terra" de Henry Levin realizado em 1959 como também teve um a pouco tempo com o m esmo título produzido por Eric Brevig, "Vinte Mil Léguas Submarinas" de Richard Fleischer lançado em 1954 entre outro. Essas adaptações mostram que embora tenha sido realizadas, elas continuam sendo refilmadas e suas obras continuam sendo vendidas demonstrando a qualidade e a originalidade de Júlio Verne aliado a sua grande "imaginação tecnológica". 

Julio Verne possuía diabetes e dislexia, além disso por motivo desconhecido levou dois tiros de seu sobrinho o que o deixou manco. 

Morreu dia 24 de março de 1905 em Amiens na França. 

Almeida Garrett

                                   


João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu em 1799 no Porto e faleceu em Lisboa em 1854 .
É provavelmente o escritor português mais completo de todo o século XIX, porquanto nos deixou obras-primas na poesia, no teatro e na prosa, inovando a escrita e a composição em cada um destes géneros literários.

A vida 
Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica.
Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo.
Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico-literário então já dominante na Europa.
Regressa em 1826 e passa a participar na vida política; mas tem de exilar-se novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra-revolução de D. Miguel. Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco do Porto.
Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas. Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspector Geral dos Teatros e fundou o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional.
Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851) recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.

A obra 
Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em Portugal ao nível da criação textual - processo que iniciou com os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826).
Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro (recolha de poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem Fruto (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas Caídas (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso.
Na prosa, saliente-se O Arco de Sant'Ana (1.º vol. em 1845 e 2.º em 1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na Minha Terra (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa moderna em Portugal.
E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841) e sobretudo o famoso drama Frei Luís de Sousa (1844).