quinta-feira, 9 de junho de 2011

D.João I


 
Décimo rei de Portugal, cognominado "O Príncipe de Boa Memória", fundador da segunda dinastia, que dele tomou o nome de Joanina (ou de Avis, por ter sido mestre desta Ordem Militar).
D. João nasceu em Lisboa no ano de 1357 e morreu na mesma cidade, no castelo de Alcáçova, a 14 de Março de 1433.
Era filho bastardo do rei D. Pedro I e de Teresa Lourenço, filha de Lourenço Martins, burguês, cidadão de Lisboa. Foi a este Lourenço Martins que D. Pedro entregou a primeira criação do pequeno bastardo. A seguir, é a D. Nuno Freire de Andrade, mestre da Ordem de Cristo, que D. Pedro confia o pequeno bastardo, para continuar a sua educação, vindo a tornar-se mestre da Ordem de Avis.
Falecido D. Pedro e elevado ao trono D. Fernando, é na corte de seu meio-irmão, que o mestre de Avis, então apenas de 10 a 11 anos, passa a mocidade.
Em 1383, vai ter um papel decisivo na conspiração de alguns nobres (entre os quais o moço Nuno Álvares Pereira e seu tio Rui Pereira, o conde de Barcelos e o popular conselheiro Álvaro Pais, padrasto do jurisconsulto João das Regras) para matar o Conde Andeiro, conselheiro galego de D. Leonor Teles, acontecimento que vai desencadear a crise seguinte.
Perante a ameaça de invasão castelhana, é nomeado Regedor e Defensor do Reino e, em 6 de Abril de 1385, é aclamado rei nas Cortes de Coimbra. Tem um papel decisivo na luta contra Castela. Nomeia D. Nuno Álvares Pereira como Condestável (chefe dos exércitos) e pede ajuda ao rei de Inglaterra. Finalmente dá-se a derrota dos Castelhanos em Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.
A 9 de Maio de 1386 é assinado um tratado  entre D. João I e o rei de lnglaterra; e a 2 de Novembro de 1387, D. João I casa com a filha mais velha do Duque de Lencastre, D. Filipa de 28 anos. Deste casamento nascem: D. Branca (n. em 1388, m. com 8 meses apenas); D. Afonso, de breve vida também (1390-1400); D. Duarte, o sucessor (1391); D. Pedro (1392), D. Henrique (1394), D. Isabel (1397), D. João (1400), D. Fernando (1402).
Uma vez desembaraçado de preocupações graves quanto a Castela (a paz é assinada em 1411), D. João aplica-se a consolidar e desenvolver a situação da nova era que na História Portuguesa se iniciara com a sua dinastia. É assim que vai surgir a empresa da tomada de Ceuta, em 1415, seguida dos Descobrimentos portugueses por mar.
Morreu a 14 de Março de 1433, com 77 anos de idade, e é sepultado no mosteiro da Batalha, conforme o seu testamento.

                                          

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